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sábado, 23 de abril de 2011

OS TRÊS PORQUINHOS


                                              OS TRÊS PORQUINHOS
Era uma vez três porquinhos que saíram pelo mundo à procura de fortuna.
O primeiro porquinho não andou muito, encontrou um homem que levava um fardo de palha e disse-lhe:
- O senhor poderia me dar um pouco dessa palha para eu fazer uma casa?
- Com muito prazer, respondeu o homem, e deu-lhe uma boa quantidade.
O porquinho saiu todo contente e fez sua casa.
Havia por perto um lobo, muito atrevido, que decidiu comer o porquinho no jantar. Logo que escureceu o lobo chegou e bateu à porta do porquinho e perguntou: 
- Amigo porquinho eu sou seu visinho próximo; posso entra na sua linda casa? 
Mas o porquinho, reconhecendo que aquela voz era do lobo, respondeu logo: 
- Não, não, não entres, te juro pelo pelo de minha barbicha, icha, icha.
- Oh! oh! gritou o lobo, então vou soprar e uivar até fazer sua casa cair!
E assim fez: Soprou, uivou, soprou, soprou, uivou de tal maneira que a casa caiu;  e o lobo comeu aquele porquinho.
O segundo porquinho encontrou um homem que levava um amarrado de lenha para fazer fogo e aquecê-lo no inverno. 
- O senhor poderia me dar alguns paus desses para eu fazer uma casa? 
- Claro que sim, com muito prazer, respondeu-lhe o bom homem, e deu-lhe os paus que havia pedido. 
Lá se foi o porquinho fazer sua casa com toda a segurança possível.
Na noite seguinte, o lobo que estava à sua espreita, decidiu que ele também seria sua refeição noturna. Bateu à porta da casa e disse: 
- Diga-me amigo porquinho, posso entrar na sua casa?. Sou seu vizinho e gostaria de lhe fazer uma visita.
- Não, não, não entres, te juro pelos pêlos da minha barbicha, icha, icha!
- Oh! oh! respondeu o logo muito zangado,  então vou soprar e uivar até fazer sua casa cair!
E assim fez, soprou, uivou, soprou e uivou até  que a casa também acabou caindo. Saltou sobre o pobre porquinho  e comeu-o todo!
O terceiro porquinho era muito mais esperto do que os outros. Encontrou um homem que carregava muito tijolos e pediu-lhe  alguns para fazer a sua casa.
- Pois não, meu caro porquinho. Pode ficar com quantos precisares.
O porquinho construiu sua casa e não tardou muito para também receber a visita do lobo.
- Que linda casinha, meu caro porquinho, posso entrar para visitá-lo?
- Não, não, não entres, pelos pêlos  da minha barbicha, icha, icha, te juro!
- Então vou soprar e uivar até que a tua casa caia!
Mas desta vez a casa não caiu; era feita de tijolos e muito forte; ele soprou, uivou, soprou, uivou, e nada; a casa restitia a tudo; e ele acabou por ir-se embora muito zangado e faminto.
No dia seguinte voltou e disse ao porquinho:
- Sabes, porquinho, eu conheço um campo, muito perto daqui, onde existem nabos muito bons! Não queres que te leve até lá?
Se quizer, amanhã de manhã eu passo por aqui e vou lhe mostrar o caminho, sim?
Na manhã seguinte, quando o lobo chegou e pergutou:
- Estás pronto, porquinho, para ires comigo?  
- Chegaste muito tarde! Eu já fui lá e já voltei ha mais de uma hora! Agradeço-lhe muito pela dica sobre os nabos, eram realmente muito gostosos! , respondeu o porquinho.
Diante dessa resposta, o lobo ficou furioso, mas fingiu não se importar  e disse muito amavelmente:
- Diga-me, porquinho, você gosta de maçãs? Eu sei onde há um pomar que tem essas lindas frutas, se quizeres volto amanhã de manhã para te mostrar o caminho.
No dia seguinte  o lobo levantou-se muito cedo e foi à casa do porquinho, mas ele tinha se levantado  mais cedo ainda, porque já havia saído.
 O lobo então resolveu ir até o pomar, mas o porquinhos esperto o viu se aproximando e subiu numa árvore.
Quando o lobo chegou, disse-lhe:
 Muito obrigado por ter me dado esta dica. As maçãs são realmente muito gostosas.  Come esta! e atirou uma para be longe, dentro de uma capinzal bem crescido; e enquanto o lobo tentava encontrá-la, o porquinho fugiu para casa.
O lobo, cada vez mais zangado por ter sido novamente enganado pelo esperto porquinho,  decidiu que, no dia seguinte, iria novamente com uma historia mais convincente, capaz de enganar qualquer um esperto.
No dia seguinte o lobo chegou à casa do porquinho e disse-lhe: 
- Sabes, porquinho, esta tarde vai haver uma feira na pracinha da aldeia; vamos lá juntos e verás como iremos nos divertir. Sim? Venho buscá-lo às tres horas da tarde. 
 O porquinho não disse nada, mas saiu de casa as duas e meia e foi para a feira. Lá comprou uma moringa para guardar água, e ia muito satisfeito com ela de volta para sua casa quando avistou o lobo; logo que o viu resolveu entrar na moringa e fazê-la rolar pelo morro abaixo! O morro era muito íngreme, fez a moringa rolar com tanta rapidez que o lobo assustou-se e fugiu apavorado.
Mais tarde, quando já tinha se recuperado um pouco do susto, o lobo tornou a ir à casa do porquinho:
- Sabes porquinho, esta tarde eu ia para feira quando encontrei uma coisa horrivel correndo pelo morro baixo; assustei-me muito;  tenho certeza que era alguma bruxa!
 O porquinho, ao ouvir isso , riu tanto que o lobo acabou ficando muito aborrecido!
- Eu era a bruxa, disse o porquinho logo que pode falar. Eu o vi de longe e entrei dentro da moringa para salvar minha pele.
Ao ouvir isso, o lobo ficou tão furioso  que subiu no telhado  e começou a descer pelo chaminé abaixo. Mas era dia de fazer pão na casa do porquinho e na lareira havia um fogo enorme. O lobo caiu no meio das brasas e morreu queimado.
E assim acabou o lobo malvado que tanto mal fazia aos animaizinhos indefesos.
Pesquisa e adaptação  > Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/  

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