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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O HOMENZINHO DA PRAIA


               O HOMENZINHO DA PRAIA
Josefina gostava muito de aventuras. Costumava sempre subir nas arvores e, quando tinha tres anos, fugiu de casa duas vezes correndo pela rua abaixo para ver até onde ia.
Um dia seus pais levaram-na para uma praia; Lá chegando, Josefina pôs-se a andar ao longo da praia, acompanhado o mar. Depois de algum tempo caminhando ela notou que nunca poderia chegar  até o fim da praia, pois  no caminho havia um amontoado de rochas que entravam mar a dentro, impedindo-lhe a passagem e eram pedras tão altas que não poderia atravessá-lo.
Numa certa manhã, Josefina levantou-se bem cedo, sentou-se na cama e ficou pensando como seria interessante procurar um caminho para atravessar aquela rocha da praia. Depois de alguns momentos levantou-se, vestiu-se  e saiu correndo pela estrada que conduzia ao mar. 
Correu um bom pedaço e então, já sentido-se exausta, deitou-se no chão para descansar. Estava quase dormindo quando, de repente, viu um homenzinho vestido de preto, como um carvoeiro, correndo pela grama até a entrada de uma pequena toca, pela qual desapareceu. 
Josefina ficou espantada. Imediatamente levantou-se, mas sua curiosidade aumentou quando viu que o homenzinho tinha deixado cair aulguns pequenos biscoitos que estava comendo. Como estava com muita fome resolvou comê-los. Imediatamente começou a diminuir de tamanho até ficar menor que o homenzinho de preto. Dessa forma, pensou ela, posso entrar pela toca e chegar ao outro lado. Como gostava muito de aventuras, lá se foi Josefina  toca a dentro.  A toca terminava em uma passagem muito escura e, ao atravessá-la, Josefina sentiu que seu coraçãozinho batia fortemente e feliz, pois imaginava que  aquele buraco a conduziria à continuação da praia, que ela queria conhecer. 
Ao chegar do outro lado da toca, qual não foi seu estpanto, pois no lugar de conchinas do mar havia milhares de diamantes, pérolas, rubis, esmeraldas e todos os tipos de pedras preciosas. Brilhavam tanto que ela teve de fechar os olhos por alguns instantes.
Tudo aquilo era novidade e principalmente muito bonito, mas Josefina estava cansada, com sono e tanta fome que nem se importou muito com aquelas maravilhosas joias. Catou algumas, pôs no bolso e então decidiu voltar para casa, mas quando procurou a entrada da toca, por onde tinha vindo, não mais a encontrou. Então começou a andar de um lado para o outro á procura da tal entrada, mas nada conseguia. Josefina estava cada vez mais contrariada, pois sentia-se cansada e com muita fome. De repente percebeu estar bem próxima ao homenzinho de preto que estava enchendo um saco de pedras preciosas.  Josefina deu um grito de alegria e educadamente pediu: 
-Pode me fazer o favor de indicar a saida? 
O homenzinho deu um salto e virou-se para ela muito zangado.
- Como foi que você veio até aqui?, gritou-lhe. Tenho tanto trabalho para impedir que aqui entrem repugnantes fadas! Só querem roubar as minhas coisas, pois não se contentam com as suas.
- Ouça, respondeu Josefina cheia de terror, eu não quero suas pedras preciosas, o que realmente quero é almoçar, pois tenho muita fome. E desatou a chorar. 
O homenzinho olhou um instante para ela, fez uma careta, e disse: 
- Não és uma fada, mas sim uma menina pateta. Não sabia que as meninas pudessem ser tão pequeninas. 
O homenzinho ficou muito contente ao ver que Josefina não era uma fada criminosa, pois as fadas não choram. 
Queres almoças? perguntou-lhe, isso é fácil.  E tirando do bolso uma varinha, deu com ela algumas voltas  no ar e... o que aconteceu?  Todas as conchinhas que havia por ali se transformaram em pastéis, frutas, bolos, fiambres, confeitos, etc. 
Então Josefina sentou-se e comeu à vontade tudo o que quiz. Enquanto isso o homenzinho voltou ao seu trabalho de encher o saco de pedras preciosas. 
Quando Josefina acabou de comer, levantou-se e tossiu ligeiramente. 
- Com licença, disse-lhe muito tranqüíla. Já comi bastante. Obrigado, muito obrigado! e agora pesso-lhe  que me ensine o caminho de volta para o outro lado. 
O homenzinho virou-se e disse: 
- Falas muito bonito, mas aposto que estás imaginando que eu sou um homem mau. Posso até parecer assim, mas a culpa é das fadas. Já fiz tudo o que pude para esconder esse caminho que me traz até aqui, mas, apesar disso elas sempre vem roubar as minhas pedras e por isso vou transportá-las para outro lugar mais escondido. 
- E para onde vais levá-las? peruntou Josefina. 
O homezinho olhou para ela e simplesmente exlamou; - Ah!. 
Logo a Josefina, que era muito inteligente, compreendeu que aquilo era um segredo e então lembrou-se das pedras que havia posto nos seus bolsos.
- Sou tão má quanto as fadas, dise ela. Eu também roubei umas pedras preciosas, mas peço perdão. E tirou do bolso, uma perola, um diamante eum rubi. Então o homenzinho disse que poderia ficar com elas, mas tinha de prometer que nunca contaria  a ninguém onde havia encontrado aquelas preciosidades.  Josefina prometeu e pergutou-lhe novamente pelo caminho de volta para casa.
- Vem, dise-lhe o homenzinho; e levou-a até a entrada da toca. 
- Agora deite-se no chão e feche os olhos que daqui aluns instantes estara em sua caminha. 
Josefina obedeceu; fechou os olhos logo adormeceu profundamente. Quando acordou estava em sua própria cama. 
- Naturalmente tudo isso foi um sonho, disse ela. E para ter certesa, saltou da cama e pos a mão nos bolsos do vestido. Sentiu que havia alguma coisa rígida lá dentro. Cheia de expectativa e curiosidade retirou um dos objetos.  Era um lindíssimo diamante. Tornou a por a mão no bolso e então veio uma pérola, tão grande quanto um ovo de coderna.  Pos a mão novamente e, ao retirar, percebeu que era um rubi do tamanho de uma maçã. Percebendo que não se tratava de um sonho ficou muito radiante.
Quando foi almoçar com seus pais, mostrou-lhe seu tesouro. Eles ficaram muito espantados e quizeram saber de onde tinha vindo tal preciosidade, mas ela lembrando da promessa feita, apenas disse: 
- Prometi não dizer.
-Muito bem, Josefina, disse-lhe a mãe, que gostava muito que ela cumprisse as suas promessas.
Pensando no futuro da filha, seus pais concordaram que seria melhor vender as jóas e guardar o dinheiro para quando Josefina se tornasse adulta. Assim foi feito. 
Quando chegou à maioridade, Josefina comprou uma bela casa com jardim onde recolhia e ajudava todos os pobrezinhos que encontrava. 
Josefina mereceu tudo isso porque foi honesta e cumpriu sua palavra. 
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Pesquisa e adaptação: Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/

http://asfabulasdeesopo.blogspot.com/

 

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